Índice FipeZap aponta que a capital paranaense teve a segunda maior alta acumulada no valor do aluguel comercial entre as cidades pesquisadas. Especialista dá dicas de como escolher um imóvel para investir
O setor imobiliário comercial enfrentou uma série de desafios nos últimos anos, mas vem se recuperando ao longo do tempo. Segundo o relatório mais recente do índice FipeZap, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) e divulgado pelo ZAP em janeiro de 2025, Curitiba foi a segunda cidade com maior variação anual no ano de 2024, ficando atrás apenas de Niterói (RJ), com 17,84% A valorização também foi registrada nos imóveis comerciais para venda que, em Curitiba, tiveram aumento no preço de 7,16% em 2024.
“A valorização dos imóveis comerciais acompanha o aumento da demanda por lojas e salas, com o setor bastante aquecido devido principalmente à retomada das atividades após no período pós-pandêmico”, afirma Ana Paula Zoller Ribeiro, sócia-diretora do Grupo Andrade Ribeiro. Ela destaca cinco pontos que devem ser levados em conta no momento de escolher um imóvel comercial para investir.
Dicas de como escolher um imóvel para investir
1 – Localização: a primeira característica que é avaliada no momento da locação, segundo a especialista, é a localização do imóvel. “Se for uma loja ou sala comercial em um bairro com bastante movimento de pedestres, fácil acesso tanto de carro quanto de transporte coletivo e com tendência de valorização, as chances de uma futura locação aumentam significativamente”, alerta Ana.
2 – Acessibilidade: verificar se o edifício tem rampas de acesso em todas as áreas, para a circulação livre de pessoas com deficiência, também é importante na hora da escolha.
3 – Segurança: uma das principais preocupações nos grandes centros urbanos é com a segurança dos colaboradores e dos clientes. Na hora de escolher um imóvel comercial alguns pontos devem ser considerados como, por exemplo, os sistemas de monitoramento e de controle de acesso, prevenção e combate a incêndios, quantidade de vagas de garagens suficientes para atender tanto os condôminos quanto os visitantes e o perfil da vizinhança.
4 – Sustentabilidade: os empreendimentos que contam com projetos de sustentabilidade como reaproveitamento de água de chuva, geração de energia solar, pontos de recarga de veículos elétricos, bicicletários e outras iniciativas ambientalmente sustentáveis, tendem a ter uma maior valorização no futuro e agregam valor às marcas das empresas que se instalarem no edifício.
5 – Bem-estar: ambientes abertos e com pé-direito alto, que promovam a circulação do ar e o aproveitamento da luz natural e materiais de isolamento acústico e térmico são fundamentais para a qualidade de vida dos colaboradores e melhor atendimento aos clientes.
Ana Paula lembra que após a pandemia de Covid-19 muitas empresas perceberam a necessidade de um espaço físico para concentrar suas operações e, para atender a este público, os projetos de imóveis comerciais ganharam novas características, aliando funcionalidade ao bem-estar dos colaboradores e visitantes.
“Entre os diferenciais estão ambientes com maior circulação de ar, áreas de convivência maiores, espaços de carga e descarga independentes das zonas de circulação dos usuários e o uso da tecnologia para automatizar o acesso a catracas e elevadores, evitando o contato com as superfícies”, ressalta ela.
Como exemplo, ela cita o AR3000, edifício comercial localizado no bairro Cabral, em Curitiba. O projeto, da Construtora Andrade Ribeiro, foi planejado para ter ventilação natural em todos os conjuntos, bem como renovação de ar automatizada. “O hall de entrada tem pé-direito triplo, garantindo um ambiente com excelente qualidade do ar, além muita área para circulação dos usuários, o que dificulta aglomerações. Além disso, o empreendimento conta com uma localização privilegiada, em área de fácil acesso, evitando as concentrações de veículos e de pessoas”, afirma a especialista.
O edifício possui a certificação LEED Platinum, da organização norte-americana United States Green Building Council (USGBC) para fomentar práticas sustentáveis de construção. A classificação leva em consideração requisitos como localização e transporte, espaço sustentável, energia, e qualidade ambiental interna. “Sobre a certificação é importante lembrar que além da questão da sustentabilidade, a construção que visa a certificação garante vários aproveitamentos, de água e energia, que consequentemente refletem nos custos condominiais, deixando a estrutura mais acessível”, finaliza Ana Paula.