Segundo especialista, vistoria remota é uma inovação no setor e permite que até 45% dos chamados sejam resolvidos sem visita presencial
A construção civil, setor tradicionalmente marcado por métodos convencionais, está passando por uma transformação impulsionada pela adoção de tecnologias digitais. Especialistas destacam que, em 2025, ferramentas como a vistoria remota se tornaram indispensáveis para aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente. A mudança reflete uma adaptação do setor às novas demandas do mercado, que exige agilidade, transparência e redução de desperdícios.
Marcelo Izumi, CEO da Octágora, ressalta que a digitalização é um caminho sem volta. “A tecnologia deixou de ser um diferencial para se tornar uma necessidade. Soluções como a vistoria remota têm impacto direto na redução de custos operacionais e na satisfação do cliente, permitindo diagnósticos mais rápidos e precisos”, afirma.
A inovação tem se mostrado uma das mais eficazes no setor. Segundo dados da Octágora, o uso desses recursos permite que até 45% dos chamados técnicos sejam resolvidos sem a necessidade de uma visita presencial. Por meio de imagens, vídeos e análises detalhadas enviadas pelos clientes, técnicos conseguem avaliar problemas à distância, eliminando deslocamentos desnecessários e agilizando a resolução de demandas. “Essa abordagem funciona como um filtro inteligente, reduzindo custos e aumentando a eficiência operacional”, explica Izumi.
Vistoria remota oferece praticidade e transparência na relação com o cliente
Além da praticidade, a vistoria remota também traz maior transparência aos processos. A documentação completa das interações entre cliente e construtora minimiza conflitos e mal-entendidos, garantindo segurança jurídica para ambas as partes. “A tecnologia não só resolve problemas de forma mais ágil, mas também fortalece a confiança no serviço prestado”, destaca Izumi.
A integração da vistoria remota com outras tecnologias, como Inteligência Artificial (IA) e Realidade Aumentada (RA), tem ampliado ainda mais seu potencial. A IA, por exemplo, permite identificar padrões em vistorias, ajudando a prever falhas e aumentar a assertividade dos diagnósticos. Já a RA possibilita que técnicos orientem clientes em tempo real, utilizando a câmera de smartphones para identificar problemas e propor soluções de forma interativa.
No entanto, a implementação dessas soluções exige investimento em capacitação das equipes. “A tecnologia só traz resultados se os profissionais estiverem preparados para utilizá-la de forma eficiente. O treinamento contínuo é fundamental para garantir que as equipes dominem as ferramentas e ofereçam um atendimento de qualidade”, ressalta Izumi.
Modelo híbrido deve ganhar espaço no setor
Segundo Marcelo, a tendência é que, nos próximos anos, a construção civil adote um modelo híbrido, onde suporte remoto e presencial se complementam. Em muitos casos, a análise prévia feita de forma remota permite que técnicos cheguem ao local preparados para resolver o problema na primeira visita, evitando deslocamentos duplos e aumentando a satisfação do cliente.
Para este ano, a expectativa é que a tecnologia continue a impulsionar o setor, com a integração de ferramentas como BIM (Building Information Modeling) e IoT (Internet das Coisas). Essas inovações prometem uma gestão de projetos mais integrada e eficiente, com redução de desperdícios e otimização de custos.
“Quem investir em tecnologia estará à frente do mercado. A digitalização não é mais uma opção, mas um fator decisivo para a eficiência e competitividade da construção civil”, conclui Izumi.