Tecnologia doméstica se populariza no Minha Casa, Minha Vida

Redação ImobiPress

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Publicado em 20/05/2025 às 13:00 / Leia em 3 minutos

Adaptação da tecnologia em imóveis financiados pelo programa permite moradias inteligentes, conectadas e sustentáveis

A tecnologia deixou de ser exclusividade de condomínios de alto padrão. Fechaduras digitais, sensores de presença, controle remoto de iluminação e integração com assistentes virtuais já são realidade em milhares de lares. Dispositivos domésticos inteligentes ganham espaço em moradias populares e podem ser incorporados em imóveis financiados pelo programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), voltado a famílias com renda de até R$ 12 mil. 

Dados de mercado reforçam essa tendência. Segundo a plataforma Statista, o setor de casas inteligentes deve movimentar cerca de US$ 2,74 bilhões no Brasil em 2025. A previsão é de crescimento anual de 10,95% até 2028. Já um estudo da MarketsandMarkets aponta expectativa de alta de 9% a 11% ao ano no país pelos próximos cinco anos. 

A possibilidade de transformar um imóvel simples em uma casa inteligente depende mais de planejamento do que de grandes investimentos. Segundo Paulo Antônio Kucher, vice-presidente comercial da Lyx Participações e Empreendimentos, a automação residencial se tornou mais acessível. “A casa inteligente deixou de ser um luxo e passou a ser uma ferramenta de economia e praticidade”, afirma. 

O interesse por soluções conectadas cresce, sobretudo entre jovens que compram o primeiro imóvel. “Mais de 70% dos nossos clientes em 2025 têm entre 18 e 30 anos. Esse público já nasceu conectado e espera que a casa funcione como o celular: de forma simples, integrada e inteligente”, diz Kucher. O movimento reflete uma mudança de comportamento e impulsiona o mercado de dispositivos residenciais. Nos Estados Unidos mais de 40% dos lares já utilizam dispositivos inteligentes, conforme relatório da eMarketer. No Brasil, 48% dos consumidores consideram sistemas de monitoramento e fechaduras digitais prioridade, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Quem adquire um imóvel pelo MCMV pode adaptá-lo gradualmente. A instalação de recursos como lâmpadas controladas por celular ou fechaduras inteligentes exige pouco conhecimento técnico e investimento inicial reduzido. Com o tempo, é possível integrar outros sistemas, como câmeras de segurança, sensores de gás ou automação de eletrodomésticos. Além do conforto, a automação também contribui para a economia, já que os dispositivos inteligentes podem ajudar a reduzir o consumo de energia e água. 

Empresas do setor já oferecem linhas de produtos voltadas ao público de renda média e programas de financiamento específicos. Kucher aponta que essa democratização amplia o acesso à tecnologia e melhora a qualidade de vida. “O importante é saber que qualquer casa pode se tornar inteligente”, destaca. 

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