Inadimplência condominial vai de 12% para 17%

Redação ImobiPress

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Publicado em 16/06/2025 às 12:00 / Leia em 4 minutos

De acordo com levantamento da uCondo, a taxa de inadimplência nos condomínios do país saltou de 12% para 17% no primeiro trimestre de 2025

O número de protestos por dívidas de condomínio em cartórios do Estado de São Paulo mais que dobrou no primeiro trimestre de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 1.219 registros entre janeiro e março deste ano, ante 569 em 2020, segundo levantamento do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção São Paulo (IEPTB-SP). O salto representa um crescimento superior a 700% em cinco anos e confirma uma tendência: o protesto extrajudicial está se consolidando como uma das ferramentas mais eficazes para contenção da inadimplência nos condomínios.

O movimento coincide com a alta das taxas condominiais no país. De acordo com dados da plataforma uCondo, startup especializada em tecnologias para gestão condominial, a inadimplência nos condomínios brasileiros subiu de 12% para 17% no primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2024.

O aumento ocorre em um cenário onde os preços de produtos e serviços estão cada vez mais altos. A educação ficou mais cara, o setor de habitação também sofreu reajustes significativos. Com isso, as contribuições mensais estão sendo constantemente atualizadas para acompanhar esse aumento geral nos custos. As despesas condominiais não ficaram de fora. A média nacional das taxas passou de R$ 493,81 em 2024 para R$ 507,51 neste ano.

A inadimplência compromete o caixa e a capacidade de pagamento dos próprios condomínios, que funcionam como pequenas empresas. O protesto extrajudicial tem se mostrado uma saída ágil e de baixo custo, já que transfere a cobrança ao devedor e reduz a dependência do Judiciário”, explica Marcus Nobre, CEO da uCondo, plataforma utilizada por mais de 6 mil condomínios no Brasil, atendendo mais de 620 mil moradores.

Todos os meses, a empresa transaciona cerca de R$ 60 milhões em taxas condominiais e, com a automação de processos, gerou uma economia média de R$4 milhões para os condomínios em 2024. Entre os recursos oferecidos estão a automação de cobranças com envio programado de boletos e notificações, histórico financeiro acessível, alertas de vencimento, acordos online e facilidade para emissão de segunda via de boletos, além de pagamentos via PIX.

PIX automático

Banco Central divulgou que, a partir de 16 de junho, entra em vigor o Pix Automático, nova funcionalidade criada pela instituição financeira que promete transformar a forma de pagamento de contas recorrentes, como a taxa de condomínio. A novidade permite que o morador autorize um pagamento programado por Pix, com periodicidade definida e até um limite de valor. Isso significa mais praticidade para quem sempre precisa lembrar do vencimento da fatura e, ao mesmo tempo, mais previsibilidade para os síndicos e administradoras.

Até então, o pagamento da taxa condominial via débito automático exigia convênio entre o banco e a administradora, o que limitava bastante o alcance do serviço. Com o Pix Automático, essa barreira cai: qualquer condômino com uma conta e Pix ativo poderá optar por essa forma de pagamento, mesmo que a empresa gestora do condomínio tenha conta em outro banco. Para os condomínios, a adoção do Pix Automático representa um avanço na gestão financeira, com potencial para reduzir a inadimplência e otimizar o fluxo de caixa.

O Pix Automático é uma evolução natural dos meios de pagamento e traz um ganho enorme de eficiência para plataformas de tecnologia voltadas à gestão condominial, como a uCondo. Ele facilita o dia a dia dos moradores, que podem autorizar o débito uma única vez. Acompanharemos essa tendência junto aos nossos parceiros bancários, antes de integrá-lo à plataforma”, finaliza Marcus.

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