Colivings se tornaram exemplos de moradias

Colivings se tornaram exemplos de moradias

Ewerton Camarano é CEO da Uliving, pioneira em student housing no Brasil.

Redação ImobiPress

redacao@imobipress.com.br
Publicado em 01/05/2025 às 15:00 / Leia em 4 minutos

Se podemos falarmos do mercado imobiliário, em que a ideia de uma moradia tradicional foi se perdendo ao longo do tempo. Isso, inclusive, leva-nos ao crescimento de opções para morar mais atualizadas, que conversam melhor com as rotinas atuais.  É o caso dos colivings que surgem como uma solução totalmente impulsionada por características fundamentais da atualidade, como a digitalização, a globalização e a atenção à qualidade de vida. Até por isso, muitos jovens têm abraçado cada vez mais essa proposta, afinal, possuem um foco maior no bem-estar do que gerações mais antigas.

Resumidamente, podemos definir o coliving como um modelo de moradia compartilhada. No entanto, o grande diferencial não está apenas na divisão de espaços essenciais do imóvel, como cozinha e sala de estar; o ambiente é composto por várias áreas comuns que incentivam os moradores a olhar para a  saúde, lazer e uma rotina mais flexível, como salas de jogos, academias e coworkings.

Vamos parar para pensar por um instante. Hoje, os custos para se viver nas grandes cidades estão cada vez maiores. Aluguel, contas, manutenção e até mesmo a mobilidade urbana pesam no orçamento, especialmente para quem está no início da vida profissional, acadêmica ou ainda não têm uma reserva financeira pronta para assumir compromissos de longo prazo. 

Nesse contexto, os colivings se apresentam como alternativas mais acessíveis, com um modelo que permite a divisão de despesas e o uso inteligente dos recursos. A lógica é simples: ao compartilhar o espaço com outras pessoas, os custos fixos também são compartilhados, o que reduz consideravelmente o valor total para cada morador.

Ainda pensando nos desafios da vida urbana, não há como negar que as rotinas agitadas das metrópoles podem ser desgastantes e até mesmo solitárias. É um desafio viver em uma cidade grande e desenvolver um senso de pertencimento.

Dentro dessa esfera, os colivings são o caminho para quem busca bem-estar físico, emocional e social. É um modelo que vai além da estrutura de concreto e de um lugar para dormir, criando ambientes colaborativos. Os moradores podem trazer mais leveza para a vida de várias formas, seja fazendo novos amigos, realizando atividades saudáveis em conjunto ou até se reunindo para trabalhar remotamente.

Ou seja, é uma opção que nasceu para quem não quer uma rotina antiquada, que envolve trabalhar e sobreviver. Os colivings atendem aqueles que estão à procura de flexibilidade e conexões, demandas completamente presentes nessa era digital. Por ser uma grande comunidade, a ideia é garantir o equilíbrio entre a vida pessoal e a profissional, ajudando a pessoa a reduzir o estresse e a solidão e a partir em busca de um propósito.

Ainda vale destacar que o crescimento dos colivings pode ser visto não só por conta das novas necessidades e preferências dos moradores, como também pelo seu impacto no mercado. Esse setor não se restringe à ele mesmo, mas se expande sem parar, formando um ecossistema de bem-estar em várias vertentes. 

Um exemplo disso é o segmento de student living. Basicamente, esse modelo de moradia compartilha os mesmos princípios de convivência dos colivings, porém, ao invés de atender diversos públicos, é adaptado às demandas dos estudantes universitários, com foco no aprendizado e bem-estar da vida acadêmica.

Ou seja, mais do que construir quartos e apartamentos bem equipados, é um negócio que visa criar uma comunidade com espaços vivos, acolhedores, funcionais e totalmente seguros. São instalações modernas, com serviços como limpeza e portaria 24 horas, processos de locação otimizados, prédios estrategicamente localizados e próximos às universidades e atividades extracurriculares, como sala de estudos e coworking 24h, cozinhas coletivas, salas de games e sala de cinema. 

Ambientes como esse e os colivings expandem a visão de mundo dos moradores. O lar é uma extensão do estilo de vida da pessoa e do que ela almeja para si mesma. Acordar e dormir em um lugar que amplia as possibilidades e horizontes em vários sentidos faz toda a diferença para qualquer um que olhe para o bem-estar como algo inegociável e necessário nos dias atuais.

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