Consultor de negócios aponta inovação, sustentabilidade e compliance como pilares para empresários que desejam manter a competitividade no setor imobiliário
Os avanços tecnológicos, as novas demandas sociais e a mudança de comportamento do consumidor são alguns dos fatores que têm influenciado transformações no mercado imobiliário brasileiro. Com um cenário cada vez mais dinâmico, compreender as principais tendências que moldam o setor tornou-se essencial para profissionais e investidores que desejam se manter competitivos.
“Empresários do setor imobiliário que não estiverem atentos às transformações do mercado correm o risco de perder relevância. Inovação, sustentabilidade e digitalização deixaram de ser diferenciais e passaram a ser requisitos básicos para competir de forma estratégica”, afirma Filipe Gallotti, CEO da FIGA Biz – Escritório de Negócios, que acompanha de perto essa movimentação como consultor especializado em gestão empresarial.
Segundo ele, a digitalização vem assumindo papel de destaque nesse processo. Ferramentas como realidade virtual, que permite visitas a imóveis sem sair de casa, inteligência artificial aplicada à análise de dados e plataformas digitais que simplificam transações estão revolucionando a forma como o mercado opera. Essas tecnologias vêm contribuindo para uma experiência mais ágil, segura e personalizada, tanto para compradores quanto para vendedores.
Outro fator que tem ganhado força é a sustentabilidade. A busca por construções mais verdes e eficientes, com menor impacto ambiental, deixou de ser uma tendência pontual para se tornar uma exigência crescente. Imóveis que priorizam o uso racional de energia, materiais sustentáveis e conforto térmico têm atraído cada vez mais a atenção do consumidor, alinhando-se às metas globais de responsabilidade ambiental.
A reurbanização também desponta como um movimento relevante, sobretudo após as mudanças sociais e econômicas provocadas pela pandemia. O redesenho de centros urbanos e a adaptação de espaços para novas formas de moradia e trabalho têm impulsionado projetos que valorizam o uso misto, a mobilidade e a integração com áreas verdes. A urbanização deixa de ser apenas expansão e passa a incorporar conceitos de funcionalidade, qualidade de vida e bem-estar.
Gallotti lembra que o investimento em imóveis para aluguel segue aquecido. “Em meio à instabilidade de mercados financeiros tradicionais, esse modelo tem se mostrado uma alternativa segura e rentável, tanto para investidores de grande porte quanto para pequenos poupadores que veem nos imóveis uma forma de diversificar o portfólio”, destaca o especialista.
Apesar desse tipo de oportunidade, o setor ainda enfrenta desafios importantes. A acessibilidade à moradia permanece como um dos principais entraves. Tornar o acesso à habitação mais inclusivo e viável economicamente para diferentes camadas da população exige a combinação de políticas inovadoras e investimentos contínuos.
Outra questão destacada por Fillipe e que merece atenção dos profissionais do segmento imobiliário são o compliance e as regulamentações do setor. “A complexidade das exigências legais pode comprometer a segurança e a viabilidade de um negócio. Questões como licenciamento e zoneamento, por exemplo, exigem conhecimento técnico e atualização constante por parte dos profissionais da área, sobretudo em regiões com legislações mais rígidas. Por isso, contar com a orientação adequada é fundamental para garantir conformidade, evitar riscos e estruturar processos mais eficientes e sustentáveis”, afirma.